Durante boa parte da pandemia de 2020, morei na praia com a minha família. Temos uma casa no litoral de São Paulo e muita sorte de poder ter se “refugiado” lá durante a crise. Amamos a praia, o mar, as plantas e os animais. Tenho 40 anos de idade, sou surfista há 26 e as melhores viagens e experiências que já tive sempre foram relacionadas a natureza.
Porém, até pouco tempo atrás, não sei se poderia me considerar uma pessoa suficientemente preocupada com o meio ambiente. Não fazia ações concretas para protegê-lo. Não tinha tempo ou ideias do que fazer. Claro que não jogo lixo na rua. Separo meu lixo de casa e ensino meus filhos a não desperdiçarem água.
Mas a redução da minha pegada ecológica de uma maneira sistemática nunca foi uma prioridade para mim - mesmo com todo o respeito que sempre tive pela natureza. Não era algo que afetava minhas opções de consumo do dia-a-dia. Acho que simplesmente não tinha conhecimento suficiente. E essa contradição - meu amor pela natureza de um lado, e a minha casualidade com a sua proteção do outro - estava me incomodando há tempos.
Uma noite antes de dormir e depois de um dia surfando, assisti um documentário sobre a Grande Ilha de Plástico do Pacífico. Tive verdadeiros pesadelos depois de ver aquilo. Para quem não sabe, a Grande Ilha de Plástico é o maior amontoado de lixo flutuante no mundo. Situa-se entre o Havaí e a Califórnia e é maior que a França em metros quadrados. Vale a pena conferir algumas imagens e infográficos para entender a dimensão do problema.
As imagens me causaram nojo, repulsa e vergonha. O dano causado por essa imensidão de lixo e plástico é imensurável ao ecossistema. Ela mata a fauna marinha que fica presa nos dejetos e perturba toda a cadeia alimentar planetária já que muitos animais acabam ingerindo micro-plásticos tóxicos, e que chegam ao prato dos seres humanos. Não sabemos quais serão os efeitos de longo prazo.
Alguns dias e pesadelos depois, minha esposa coincidentemente me mostrou algo que chamou minha atenção. Ela disse: “Amor, recebemos amostras destes shampoos e condicionadores sólidos. Eu adorei! Meus cabelos ficaram lindos! Esses produtos não usam plástico nem água e são 100% naturais. Acho que você vai gostar também.”
Tratavam-se de produtos da Sou Natural, uma marca brasileira de cosméticos veganos e naturais, especializada em shampoos e condicionadores sólidos. Seus produtos são livres de plástico, não usam água e não contém quaisquer insumos artificiais como lauril, parabenos e outras substâncias cujos processos produtivos não são sustentáveis. Também não envolvem testes em animais e, por isso, são chamados de cruelty-free, ou livres de crueldade. Pois os testes realizados em animais pela indústria de cosméticos convencionais são altamente invasivos.
Os shampoos e os condicionadores da Sou Natural vem em barrinhas. Só isso já me pareceu intrigante e espetacular. Você esfrega no cabelo como se fossem sabonetes! Fazem uma espuma fantástica, com um aroma agradável dos óleos essenciais que fazem parte da formulação. O que mais me surpreendeu foi a qualidade dos meus cabelos depois de usar por alguns dias. Nunca fui muito vaidoso. Mas a diferença de textura, brilho e aparência é evidente. Tomar banho passou a ser uma experiência mais agradável e divertida. E as sensações únicas de limpeza, frescor e das fragrâncias orgânicas do pós-banho também passaram a contribuir de forma significativa para o meu bem-estar.
Acima de tudo, o alinhamento dos meus valores ecológicos e morais com as minhas opções de consumo me trouxe uma paz de espírito baseada em dados e ciência. O fato é que vou deixar de consumir milhares de embalagens plásticas e muito menos água durante o curso da minha vida. Vou contribuir - ainda que de forma incremental - para desacelerar o crescimento da Grande Ilha de Plástico.
Por tudo isso, fui totalmente convertido. Nunca mais vou voltar a usar shampoos e condicionadores tradicionais. Não quero mais ver aquelas garrafinhas plásticas no box do meu banheiro, nem quero mais sujeitar a minha pele e o meu cabelo a químicos que não vem da terra. São ações concretas para algo que acredito profundamente mas para o qual nunca tinha contribuído antes de forma tão consciente. É unir o útil para o futuro do planeta com o agradável para o meu cotidiano. Recomendo para todos que buscam beleza, bem-estar e um estilo de vida muito mais sustentável. #vemsernatural
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